* Membros do CEDAM presentes: LANA (blusa verde sentada), LIANA (blusa lilás com colar em pé) e DEMPSEY (blusa azul com listras brancas em pé)
Os índios observam as constelações para seus rituais e atividades como o plantio. Mas as figuras formadas pelas estrelas têm nomes e significados diferentes dos da astronomia ocidental.
Lana, Liana e Dempsey, membros do CEDAM, foram ao planetário cilíndrico conhecer mais sobre a astronomia indígena da Amazônia. A instalação, climatizada, fica dentro de um pavilhão do Jardim Botânico Adolpho Ducke, zona leste da cidade.
Para desenhar o céu amazônico do planetário, os pesquisadores desenvolveram softwares a partir da astronomia greco-romana e tupi-guarani. Fotos da Via Láctea são a base das projeções. “A Amazônia é cortada pela linha do equador. Como está no meio, o melhor sistema de projeção de uma esfera, que seria a abóbada celeste, é um cilindro”, diz Germano Afonso, consultor do Musa (Museu da Amazônia), responsável pelo projeto.
Consultora do grupo de etnoastronomia do Musa, a índia torá Luciana da Cunha Ferreira, 27, retornou à aldeia em que nasceu para pesquisar o significado das estrelas. “Minha avó de 93 anos até hoje não precisa de relógio nem de calendário para identificar em que época tem de plantar a mandioca”, diz ela.
Ferreira descobriu que no céu dos torás a constelação de Escorpião é uma ave, o mutum. “Quando o pássaro aparece entre os meses de agosto e setembro, é sinal de que a seca será muito forte”, diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário